EU ACREDITO...
Há uns anos, o PSD
de Cascais lançou um slogan que tinha alguma piada e tinha a capacidade de ser
motor de uma certa dinâmica de vitória, envolvendo a acção de António Capucho à frente
dos destinos da Câmara de Cascais – EU
ACREDITO!
EU ACREDITO que a maneira de fazer política é só uma,
com total dedicação ao interesse público, disponibilidade total para prestar
contas da acção política aos eleitores, servir a comunidade sem cair na
tentação de se servir!
Sem ter pretensões
de conhecer de forma rigorosa a totalidade dos governantes ou dos deputados, EU ACREDITO que outros saberão ser, em
funções de serviço público, merecedores de idêntico reconhecimento ao que acabo
de fazer a Ricardo Leite.
Mas, infelizmente, conheço muitos deputados,
governantes e autarcas que não se encaixam nesta definição, antes exibem uma
despudorada utilização abusiva da sua condição de eleito, com um total desprezo
por quem o elegeu!
Miguel Relvas é um
caso que merece que utilizemos “dois ou três” parágrafos para analisar.
Acredito que apenas
tenha aproveitado uma frincha legal para a sua licenciatura relâmpago e que na
essência a legalidade não tenha saído beliscada.
Já a legitimidade,
essa desvaneceu-se à velocidade da luz…
Lembro-me muito bem
o quanto me custou fazer 53 cadeiras semestrais para concluir a minha
licenciatura em
Engenharia no Instituto Superior Técnico e
por isso tenho muita dificuldade em conviver com o conceito das “Novas
Oportunidades”…
Mas há um aspecto
que não entendo, e esse prende-se com a moral e a ética política, que nos dias
de hoje parece ser uma ciência da antiguidade grega…
Miguel Relvas ainda não percebeu o mal que está a fazer
ao PSD, ao Governo e ao Primeiro Ministro Pedro Passos
Coelho , agarrando-se ao poder e transportando para ele uma
infindável fonte de anedotas e piadas?
De que espera para apresentar a demissão?
A dança de cadeiras
nas próximas eleições autárquicas é outro exemplo do quanto urge o regresso da
ética e da moral à política nacional.
É ver os autarcas
“pseudo” vencedores chegados ao limite legal de se candidatarem no município
onde foram eleitos pelo menos três mandatos a mudarem de armas e bagagens para
outro, contrariando, com o beneplácito do PSD e do PS, o espírito da lei que
pretendeu delimitar o número de mandatos dos Presidentes de Câmara.
É uma farsa, uma trapaça eleitoral que se prepara com o
maior dos despudores!
Aborrece-me
solenemente verificar que o pensamento ético que parece ter abandonando o PSD apenas
se mantém ainda no CDS – PP, único Partido que demonstra sérias dúvidas à dança
das cadeiras…
Daqui a minha
homenagem para os Homens como Rui Rio, que chega ao fim do seu terceiro mandato
de cabeça erguida e com trabalho feito sem colocar qualquer hipótese de se
transferir para outro município.
Em Cascais, a ética
e a moral são miragens que não se vê forma de fazer renascer sem desconstruir o
actual modelo de poder.
Todos os
representantes dos partidos com assento na Câmara Municipal de Cascais estão
envolvidos nas teias das benesses e interesses criados por Carlos Carreiras e não
se vê forma nem vontade de aparecer um movimento interno num dos Partidos que
permita contrariar o caminho, perigoso, que o poder em Cascais está a trilhar.
O divórcio
existente entre o poder e os eleitores é manifesto.
A existência de
“filhos” e “enteados” em Cascais é tão evidente que se torna chocante!
EU ACREDITO na democracia.
Quem acredita como
eu, só pode estar preocupado com os momentos que vivemos no País e em Cascais!
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