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Carcavelos: Betão? Mais Não!

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Acompanhei a sessão pública realizada em Carcavelos no salão nobre da Junta de Freguesia para perceber o que está proposto e em vias de ser aprovado na Quinta dos Ingleses. Confesso a minha desilusão e preocupação. Este processo é  efectivamente  muito antigo e sempre esteve envolvido em polémica, dada a sua localização. A proximidade da frente de praia sempre trouxe visibilidade e opiniões extremadas a este processo o que tem levado os diversos e sucessivos executivos camarários a empurrar o assunto com a barriga e evitar que possa contaminar os cíclicos processos eleitorais de quatro em quatro anos. Acabadinho de passar mais um período eleitoral eis que o assunto aparece para discussão pública. A tónica colocada por Carlos Carreiras na apresentação do Plano de Pormenor assenta em dois ou três pilares: A existência de  acções  em tribunal com um pedido de indemnização à CMC de um valor superior a 200 milhões de euros invocando direitos adquiridos pelo proprietário do te

Refazer a política em Cascais

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Tenho dado alguma atenção ao estado caótico a que chegou a nossa sociedade no que respeita ao exercício do poder. E vou continuar a chamar os bichos pelos nomes, doa a quem doer! Passadas as eleições, em Cascais vamos ter mais do mesmo. Um conjunto assinalável de militantes do PSD e do PP ocuparam literalmente as cadeiras do poder, seja na qualidade de eleitos nos vários órgãos autárquicos, Freguesias, Assembleia Municipal e Câmara Municipal, seja nas várias empresas municipais ou como assessores bem pagos. A promiscuidade é maior do que o que o comum dos mortais imagina. A ocupação da estrutura do poder é feita sem regras, sem fiscalização e sem responsabilidade. Passo a explicar. Penso que o legislador que criou este modelo de organização do poder local fê-lo com a preocupação de garantir as condições de que os órgãos de cariz executivo fossem devidamente fiscalizados pelos órgãos de cariz deliberativo. As falhas da Lei e o “engenho” dos políticos trataram de ba

REFLEXÕES ELEITORAIS

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O ato eleitoral de 29 de setembro último não trouxe boas notícias. Carlos Carreiras, líder da coligação Viva Cascais alcançou a maioria absoluta na Câmara Municipal de Cascais e, conforme as várias opiniões que aqui tenho expresso nos últimos meses, isso, no meu entendimento não é uma boa notícia. Mas, em democracia a lista mais votada é a que ganha e Carlos Carreiras e a equipa que lidera estão de parabéns. No entanto, e num preocupante crescendo, estas eleições ditaram uma abstenção absolutamente exagerada em Cascais, com 62,01% dos eleitores a não votarem! 106.988 eleitores, dos 172.537 inscritos não participaram no ato eleitoral! Isto não é uma boa notícia! Dos 65.549 que participaram, 5.951 votaram branco ou anularam o boletim de voto. Isto também não é uma boa notícia! Bastaram cerca de 2,7% dos eleitores para eleger cada um dos vereadores! A democracia, em que o processo eleitoral universal é a mais sublime demonstração de que todos podem participar nas escolhas

O EUCALIPTO DE CASCAIS

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Há alguns padrões morais que me perseguem desde a infância e que me condicionam o comportamento enquanto pessoa. Mal ou bem os meus pais educaram-me na necessidade de respeitar os outros, não fazer aos outros o que não gosto que a mim me façam, e a viver com o que ganho com o meu trabalho, nem mais um tostão. Uma educação com princípios morais leva-nos a fazer por vezes um exercício de auto avaliação, uma espécie de exame de consciência. Não é fácil estarmos sempre de acordo com o que dizemos e fazemos mas também não conheço ninguém suficientemente perfeito para atirar a primeira pedra. Quem tem estes princípios morais tem que aprender a viver com as suas fraquezas e enfrentar um processo de “melhoria contínua”… Mas há quem não seja assim. Essa é a conclusão que sou levado a tirar após a leitura do artigo hoje publicado no Jornal i , atribuído a Carlos Carreiras. http://www.ionline.pt/iOpiniao/eucalipto-da-europa No artigo, com título sugestivo de “O eucalipto da

PARTIDOS, DEPENDENTES E… INDEPENDENTES …

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Os Partidos há muito tempo que deixaram de ser os representantes dos eleitores na gestão da coisa pública nacional e local. Como num filme de ficção científica em que a máquina ganha vida e vontade própria, também os Partidos passaram apenas a representar-se a si próprios, que é como quem diz, passaram apenas a representar o conjunto de pessoas que tomaram conta das estruturas partidárias, agilizando-se de lugar em lugar, ora nos governos e nas empresas públicas ora nas assessorias nas câmaras e nas empresas municipais. O papel dos Partidos enquanto representantes da população deixou de fazer sentido. Mas, sendo a democracia o sistema menos mau de governo, convém não perder de vista a necessidade de, em cada momento, encontrarmos a melhor forma de lhe dar saúde, frescura, vida. Este objectivo tem norteado os meus actos mais recentes. Não pretendo afirmar-me como um exemplo, um fora de série, um iluminado, porque tal tenho a certeza de não ser. Mas todos os dias me esforço po

SE ASSIM FOSSE, VOTAVA EM CARLOS CARREIRAS…

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Carlos Carreiras tem demonstrado que tem um plano muito bem delineado para ser o próximo Presidente de Câmara de Cascais.  É um processo que foi pensado há anos, que paulatinamente tem vindo a ser implementado e que tem origem na sua fase menos feliz em termos profissionais quando foi despedido do grupo Sousa Cintra.  Envolveu-se com a “máquina” de António Capucho e, pé ante pé, foi afastando do caminho tudo o que poderia a curto ou a médio prazo ser um potencial impedimento aos objectivos traçados.  Em 2002 defendeu que um Presidente de Comissão Política Concelhia não poderia nunca ser candidato à Câmara porque eticamente punha em causa a relação entre Comissão Política Concelhia fiscalizadora da actividade da Câmara e o executivo camarário.  Desta forma afastou das listas da Câmara o então Presidente da Concelhia Fernando Mesquita.  Hoje, com a desfaçatez que se lhe conhece, é Presidente da Concelhia do PSD e candidato à Câmara de Cascais!  Rodeou-se de um

ADEUS PSD… OLÁ CASCAIS!

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Ao fim de 30 anos de militância partidária activa, tendo desempenhado lugares de responsabilidade partidária e autárquica, vejo-me na necessidade de apresentar a minha demissão do PSD. Não é segredo para ninguém, nas muitas linhas que tenho partilhado neste blogue, que me move uma enorme paixão por Cascais e que tenho uma opinião muito crítica à gestão autárquica imprimida por Carlos Carreiras em Cascais. Poderia tomar uma atitude do tipo “quem boa cama fizer, nela se há-de deitar…” como diz o velho ditado, e esperar que a bronca se dê, que Carlos Carreiras ganhe as eleições e literalmente dê cabo de Cascais, com as suas fantasias, no decurso dos próximos 4 anos de mandato, para depois afirmar do alto da “minha cátedra” o quanto  eu tinha razão! Mas para mim Cascais é demasiado importante para que eu fique bem com a minha consciência ao tomar uma atitude de desinteresse. Para mim Cascais é mais importante que o PSD. Nunca vi o Partido como um fim, antes um meio que p

VIVA CASCAIS, MAS… CUIDADO COM AS IMITAÇÕES!

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Viver Cascais foi o nome da coligação encabeçada por António Capucho , com PSD CDS e alguns representantes de movimentos cívicos, que em 2002 ganhou inequivocamente as eleições autárquicas em Cascais e trouxe a seriedade, a verticalidade e um projecto a pensar no futuro de Cascais e das pessoas que ali vivem e trabalham. Eu tive a honra de fazer parte do grupo que ajudou a tornar realidade este virar de página em Cascais. Foram 4 anos de mandato a sério, com obras municipais, escolas, infra-estruturas desportivas, culturais e sociais, uma revolução ao nível da política ambiental do município. António Capucho foi e será uma referência para todos os que acreditaram no projecto e de alguma forma tiveram a oportunidade de apoiar a sua execução. Que saudades! Em 2006 a Coligação mudou de nome: Viva Cascais . A revolução estava iniciada e ficava o convite para viver Cascais. Mas, o novo executivo enfermava de um problema grave: como numa capoeira, despontava um segundo gal

CIDADANIA EM CASCAIS PRECISA-SE!

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Sou pela cidadania. Pela séria. Pela gestão responsável da coisa pública, em nome dos cidadãos e pelos cidadãos. Sou pela criação de mecanismos de envolvimento dos cidadãos nas decisões que lhe dizem respeito, nas que tocam na sua qualidade de vida, nas que têm repercussões no seu futuro e dos seus descendentes. Aos políticos estava reservado o papel de serem os garantes do exercício da cidadania por todos. Todos sabemos que hoje não é assim. As poucas excepções que confirmam a regra são em muito menor número do que os políticos que têm uma visão bem diversa do que é o exercício da gestão pública considerando-se o princípio, o meio e o fim das decisões tomadas, esquecendo que o lugar que ocupam é em representação dos seus eleitores. Também os eleitores há muito tempo desistiram de exigir uma correcta representação pelos políticos acabando por fazer o jogo de “deixar andar”… Em Cascais, Carlos Carreiras é um exemplo, um bom exemplo do que acabo de referir. Carlos