ADEUS PSD… OLÁ CASCAIS!
Ao fim de 30 anos de militância
partidária activa, tendo desempenhado lugares de responsabilidade partidária e
autárquica, vejo-me na necessidade de apresentar
a minha demissão do PSD.
Não é segredo para ninguém, nas
muitas linhas que tenho partilhado neste blogue, que me move uma enorme paixão
por Cascais e que tenho uma opinião muito crítica à gestão autárquica imprimida
por Carlos Carreiras
em Cascais.
Poderia tomar uma atitude do tipo “quem
boa cama fizer, nela se há-de deitar…” como diz o velho ditado, e esperar que a
bronca se dê, que Carlos
Carreiras ganhe as eleições e literalmente dê cabo de Cascais,
com as suas fantasias, no decurso dos próximos 4 anos de mandato, para depois
afirmar do alto da “minha cátedra” o quanto eu tinha razão!
Mas para mim Cascais é demasiado
importante para que eu fique bem com a minha consciência ao tomar uma atitude
de desinteresse.
Para mim Cascais é mais importante
que o PSD.
Nunca vi o Partido como um fim,
antes um meio que pode permitir aos que gostam de política poderem trabalhar em
prol da sua comunidade, seja ela local, regional ou nacional.
Desde sempre afirmei que não faz
sentido alguém demitir-se de um Partido porque esteja temporariamente em
desacordo com este ou aquele dirigente. A mudança de um Partido, pensava eu,
faz-se estando lá dentro.
Enganei-me.
O PSD
de Cascais, na forma que lhe foi dada por Carlos Carreiras , está
blindado e é impossível de mudar enquanto o PSD for poder na autarquia.
Ficar neste PSD em Cascais é comprar
o bilhete para me sentir envergonhado
pelo trabalho que o “meu” Partido tem estado a fazer na autarquia de Cascais
nestes dois últimos anos e se prepara para continuar a fazer por mais quatro
anos, agora ao abrigo da legitimidade das eleições que se avizinham.
Por isto, embora me continue a
sentir tão social democrata como no dia em que me filiei no PSD, vejo-me na
necessidade de o abandonar.
Se quero lutar pela terra em que
nasci, tenho que lutar fora do PSD, e ajudar a criar alternativas para que Carlos Carreiras não
possa ser Presidente de Câmara.
O que se passa com o projecto
Savelos em Carcavelos, o que se passa com o antigo Hotel Nau em Cascais, o que
se passa com o Hotel Inglaterra ou com o Hotel Paris no Estoril são exemplos do
que é a nova filosofia urbanística deste Presidente de Câmara, o que se passa
com a Tratolixo e a gestão ambiental é uma boa demonstração da nova filosofia
ambiental deste Presidente de Câmara, o que se passa com tanta festa e tanto
espectáculo é uma boa demonstração do desrespeito que este Presidente de Câmara
tem pelos impostos dos seus munícipes!
Cascais, a autarquia de Cascais, não
aguenta mais 4 anos deste tipo de irresponsabilidade financeira imprimida pelos
devaneios de Carlos
Carreiras e pela incompetência de Nuno Piteira.
Há um véu de promessas, do Paraíso anunciado
em Cascais, que os munícipes vão perceber que não passam de mentiras.
Os Paquetes, as universidades, não
passam de uma aldrabice pegada. Só que depois das eleições será tarde para perceber
o logro…
Por não querer continuar neste pé
fora outro dentro, saio do PSD para poder continuar a lutar por Cascais com
toda a liberdade que não prescindo de exercer.
Adeus PSD…
Olá Cascais!
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